quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dissertação: A qualificação do trabalhador do município de Montenegro-RS

Dissertação de mestrado defendida em 28 de novembro de 2008, onde aborda a questão da qualificação como fator de desenvolvimento econômico e (principalmente) social no município de Montenegro (RS), distante 65 Km da capital, Porto Alegre.

Donwload do texto completo: http://www.4shared.com/file/83114956/516c84e0/Dissertao_Mestrado_Marcos_Paulo_Dhein_Griebeler.html?dirPwdVerified=2aa3f7

domingo, 25 de janeiro de 2009

A meta - Elyahu M. Goldratt

Com mais de 2 milhões de exemplares vendidos no mundo e traduzido em mais de 20 idiomas, o livro, adquirido pelo grande público e homens de negócios, foi adotado por mais de 200 faculdades. Escrito em forma de romance, o autor trata dos princípios de funcionamento de uma indústria, questionando o porquê de ela funcionar de determinada forma e como seria possível solucionar os problemas de empresas que estão com atrasos na produção e baixa receita. Com resultados alcançados na prática, o processo de melhoria contínua desenvolvido por Goldratt pode ser aplicado em outras organizações, como bancos, hospitais, seguradoras, e até no ambiente familiar.

Nossa opinião: O livro é uma "ferramenta" indispensável para quem trabalha com diversas áreas (Administração, Economia, Sociologia, etc) e atividades (Administração da Produção, Relacionamento Interpessoal,Produção e Produtividade, ect.).

Download do livro completo: http://www.esnips.com/doc/9e68ee7c-8e25-48bb-8522-8500be28ae51/Livro---A-Meta

Teoria do desenvolvimento econômico

Schumpeter é uma das figuras mais destacadas da teoria econômica moderna. Depois de estudar Direito em Viena (1901-1906), trabalhou como advogado no Tribunal Internacional do Cairo. Em 1909, graduou-se em Viena com um estudo sobre a metodologia sistemática da ciência econômica. Ficou famoso em 1912 com a sua "teoria do desenvolvimento econômico". Schumpeter considerava que as crises conjunturais não obedeciam apenas a fatores externos (guerras, más colheitas), mas estavam igualmente relacionadas com a atividade empresarial, com o sistema de créditos e com a tecnologia que, em sua opinião, eram causas diretas do desenvolvimento econômico. Após ser professor em Graz, entre 1919 e 1920, foi ministro das Finanças da Áustria. De 1925 até 1932, quando emigrou para os Estados Unidos, ministrou aulas em Bonn e, a partir de 1932, na Universidade de Harvard. Em seus escritos Sobre as Formas Econômicas e Sociais do Capitalismo, Os Ciclos Econômicos (1939) e Capitalismo, Socialismo e Democracia (1934), prognosticou a transição a longo prazo para um socialismo marxista não-dogmático, por força da crescente monopolização, que acabaria por debilitar a capacidade de inovação das empresas. Deixou inacabada a sua obra História da Análise Econômica.

Nossa opinião: Schumpeter é sinônimo de inovação. Um dos primeiros estudiosos a abordar o tema, afirmava (e, até a atualidade, continua sendo uma verdade inescapável)que o detentor do processo inovativo é quem terá poder e capacidade de barganhar. Assim, pode o "empreendedor" se questionar: Por quanto tempo terei lucro? Dependerá do tempo de segredo de sua inovação. Sobre este último, é sempre importante salientar que a inovação recebeu nos últimos tempos um epíteto de apenas coisas e processos produtivos novos, o que não vem a ser totalmente verdade.
No nosso entender, inovação significa o aproveitamento de recursos ociosos que condizem com a realidade de cada necessidade, principalmente, dentro das organizações, que inseridas no sistema capitalista, buscam o lucro.

http://www.4shared.com/file/82442397/9c783407/Joseph_Alois_Schumpeter_-_Teoria_Do_Desenvolvimento_Econmico__Os_Economistas_.html?dirPwdVerified=2aa3f7

Tensões entre o local e o global: discussões e percepções

Neste artigo, inicialmente, busca-se fazer uma breve abordagem sobre a maneira de como é vista e propagada pelo Estado a intenção igualar todas as regiões do País no contexto da atual Globalização. Em seguida, o mesmo expõe alguns conceitos de região, uma vez que, em muitos locais, seus representantes, na ânsia de tentar desenvolver a mesma, entendem que para tanto, devem tão somente se industrializarem, não respeitando a sustentabilidade do território ora ocupado. Ademais, outros fatores importantes nesse contexto, também são ignorados, tais como a falta de preparo, seja ele físico ou profissional, além da ausente participação da sociedade local quando se intenta escolher a melhor maneira de se propiciar um ambiente sustentável. Por último, ressalta-se a importância que deve ser dada às potencialidades (latentes e existentes) da região, que é, muitas vezes, ignorada ou até mesmo incompreendida.

Download do texto completo: http://www.4shared.com/file/82440117/fd2ca2ea/Tenses_entre_o_Local_e_o_Global.html?dirPwdVerified=2aa3f7

sábado, 24 de janeiro de 2009

David Ricardo - Princípios de Economia Política e Tributação

Economista inglês (4/1772-11/9/1823). É autor da teoria do trabalho como valor, um dos fundadores da ciência econômica. Nasceu em Londres, filho de judeus holandeses. Deixou a escola aos 14 anos para trabalhar com o pai como corretor na bolsa de valores, atividade que lhe rendeu prestígio profissional.

Aos 21 anos, converte-se ao protestantismo e rompe com a família para casar-se com uma jovem quacker. Trabalha por conta na bolsa de valores e fica rico, o que lhe permite dedicar-se à leitura, principalmente de textos sobre matemática, química e geologia.

Influenciado pelas idéias do economista inglês Adam Smith, aprofunda o estudo das questões monetárias. Em Princípios de Economia Política e Tributação (1817), expõe suas principais teses. Defende a livre competição no comércio internacional, com a especialização dos países na produção de determinados bens, o que beneficiaria compradores e vendedores.

Sua teoria do trabalho, pela qual o valor de um bem é determinado de acordo com o trabalho necessário a sua produção, é considerada a contribuição mais importante para a ciência que criou. Elege-se em 1819 para o parlamento, no qual defende projetos liberais e reformistas.Morreu em Londres.

Nossa opinião: David Ricardo é uma leitura indispensável para entender a composição de preços e valores. Entretanto, vale dizer que Ricardo pregava que quanto mais terras os proprietários tivessem, maiores seriam seus lucros e os salários pagos aos empregados permaneceria o mesmo. Desta forma, nasce a máxima: "O crescimento econômico é o que importa". Então, no plano do desenvolvimento, o econômico é bom e o social é ruim.

Download do texto completo: http://www.4shared.com/file/32333722/421c2604/David_Ricardo_-_Princpios_de_Economia_Poltica_e_Tributao.html?s=1

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Douglass Cecil North - Entrevista à Revista Veja

Revista Veja (Edição 1830 . 26 de novembro de 2003)

Entrevista: Douglass North

Para um país enriquecer

Prêmio Nobel de Economia afirma que só vão progredir os países que desenvolverem instituições sólidas

Monica Weinberg

"O Brasil largou em desvantagem na corrida porque herdou de Portugal um modelo ineficiente de país"

Várias correntes de pensamento já explicaram por que alguns países enriqueceram e outros permanecem no atraso. Para o professor americano Douglass North, 83 anos, vencedor do Nobel de Economia em 1993, as nações prosperam quando seus governantes se guiam por duas preocupações fundamentais. Uma delas é garantir a competição entre as empresas. A outra é fortalecer as instituições. Para North, a competição e as instituições são fatores de desenvolvimento mais importantes que as riquezas naturais, o clima favorável ou a agricultura. Nesta entrevista, North conta que nos tempos do faroeste os Estados Unidos já tinham leis claras para assegurar o direito de propriedade e o cumprimento dos contratos. Em países como o Brasil até hoje há falhas nesse sistema. Para ele, a única chance que os países têm de dar um salto é transformando suas instituições. Douglass North estará no Brasil no mês que vem.

Veja – A renda per capita dos Estados Unidos e a do Brasil eram idênticas em 1800. Um século mais tarde, os americanos haviam deixado os brasileiros lá atrás. Hoje, essa diferença de renda é da ordem de quinze vezes. O que aconteceu?

North – Há várias explicações para o fenômeno do distanciamento de renda entre Estados Unidos e Brasil, mas gosto de me concentrar numa delas: as chamadas instituições. Nenhum país consegue crescer de forma consistente por um longo período de tempo sem que antes desenvolva de forma sólida suas instituições. Quando uso a palavra instituição, refiro-me a uma legislação clara que garanta os direitos de propriedade e impeça que contratos virem pó da noite para o dia. Refiro-me ainda a um sistema judiciário eficaz, a agências regulatórias firmes e atuantes. Só assim, com instituições firmes, um país pode estar preparado para dar o salto qualitativo, mudar de patamar. Olhe para os Estados Unidos do século XIX. Embora estivessem nos tempos do faroeste, os americanos já possuíam leis sofisticadas que asseguravam a liberdade religiosa, o direito ao habeas-corpus, o direito à propriedade privada e a certeza coletiva de que, se assinassem um contrato, ele seria cumprido. Com isso, os proprietários de terra e os donos das firmas se sentiam estimulados a investir em novas tecnologias e em mão-de-obra. Daí o aumento estratosférico de produtividade americana. No Brasil e no resto da América Latina, a história foi outra.

Veja – Por que as instituições na América Latina registram esse atraso histórico?

North – Nesses países, as instituições eram frágeis demais para criar uma engrenagem positiva que empurrasse a economia. México, Brasil e Argentina sempre tiveram recursos naturais suficientes para se tornar nações ricas. O atraso institucional deixou esses países para trás. Há uma relação direta entre as instituições existentes nas metrópoles e o tipo de desenvolvimento que as colônias tiveram nesse campo. Quando chegaram ao Novo Mundo, os europeus carregavam sua variada cultura institucional. Os países da América Latina importaram seu modelo de Portugal e da Espanha e por isso largaram em desvantagem. A Península Ibérica colecionava instituições ineficientes, que não tinham calibre nem maturidade para estimular o crescimento econômico. Já os americanos foram fartamente influenciados pela Inglaterra e, sob a carga genética das instituições inglesas, tiveram como fonte um sistema bem mais moderno.

Veja – O senhor poderia dar um exemplo?

North – Tome-se o caso da gestão das contas públicas – hoje um assunto tão em voga – para comparar os países da Europa de quatro séculos atrás. Em Portugal e na Espanha, os reis tinham poder absoluto e sustentavam a nobreza perdulária mesmo quando a renda vinda das colônias murchava. Depois disparavam nos impostos sobre o povo, que vivia num clima de incertezas, sem saber o que esperar para o futuro próximo. Parece familiar com o que vemos atualmente em muitos dos países da América Latina, não é? Veja como o quadro era diferente na Inglaterra do século XVII. O poder de autorizar as despesas do rei e de lançar tributos era atribuição do Parlamento, e, além disso, havia o banco inglês, que fazia auditoria nas finanças públicas. Um modelo sofisticado que resultou em avanços na Inglaterra e, mais tarde, nos Estados Unidos.

Veja – Como o senhor explica então o fato de a Índia, outra ex-colônia da Inglaterra, até hoje não ter conseguido chegar nem perto dos Estados Unidos?

North – A história mostra que o grau de assimilação das instituições européias por parte das colônias variou muito de um país para o outro. Os melhores estudos na área enfatizam uma associação direta entre o nível de absorção das instituições vindas da Europa e a maneira como a população nativa recebeu os colonizadores. Quanto mais refratária a população local, menor era o raio de influência européia. Na Índia, por exemplo, a gigantesca massa de indianos aceitou apenas moderadamente a sólida herança institucional britânica. Eles desenvolveram bem suas leis em relação à propriedade privada, mas até hoje têm instituições capengas, porque ficaram impermeáveis àqueles pilares ingleses. Uma maior integração entre europeus e indianos teria facilitado a implantação das novas regras. Mas isso ainda não explica tudo. No caso dos Estados Unidos, como se sabe, a relação de índios e ingleses era belicosa, e mesmo assim os colonizadores conseguiram plantar o modelo britânico de instituições.

Veja – Como?

North – A explicação é cruel e ninguém se orgulha dela, mas o fato é que, no caso americano, os ingleses foram bem-sucedidos na implantação de suas regras porque conseguiram controlar a imensa população indígena local. Fizeram isso colocando os índios em reservas com o objetivo de mantê-los isolados e também dizimaram uma parte deles. É feio? Claro. No entanto é um capítulo da história dos Estados Unidos que ajuda a entender por que o ponto de partida dos americanos foi tão melhor que o de outros países.

Veja – Há diversas teorias para explicar o enriquecimento de um país: a religião, o tipo de clima e os recursos naturais são a base de algumas delas. O que o senhor acha dessas teses?

North – Não dá para dizer que um clima propício à agricultura ou a abundância de petróleo não têm peso nenhum. O fato é que a natureza por si só não leva um país para a frente. Nesse ponto, os estudos que desenvolvo há mais de cinco décadas não deixam dúvida: sem instituições fortes uma nação não abandona o atraso nem a pobreza. Veja o caso da Venezuela. Nos últimos dez anos, passei longos períodos lá e cheguei à triste conclusão de que a presença do petróleo não apenas não foi suficiente para mudar a situação socioeconômica dos venezuelanos como inclusive inibiu o desenvolvimento de outros setores. Isso porque eles concentraram forças nessa única atividade e, para piorar o quadro, não detinham o respaldo de boas instituições para turbiná-la. No outro extremo, gosto de colocar Israel, um país de terra pobre, pouquíssimos recursos naturais, mas que conseguiu dar um salto graças a um conjunto de instituições eficientes, especialmente na área econômica. A questão palestina atrapalha e evidencia certo atraso no campo da política, mas, no todo, Israel ultrapassou – e muito – países de natureza bastante mais promissora tendo partido do mesmo patamar.

Veja – E qual é o peso que o senhor atribui à religião na história da riqueza das nações?

North – O tipo de crença de um povo é fundamental para determinar o ritmo de crescimento de um país. Sabe-se, por exemplo, que da ética protestante e suas idéias positivas sobre o trabalho pesado se originou o espírito do capitalismo na Europa. Então a religião vem antes das instituições? Definitivamente, não. Elas são a mesma coisa. As instituições de um país são a síntese das crenças de seu povo. Repare que aqui não estamos falando só de religião, mas de crenças construídas no passado remoto das nações, produto da experiência dos homens em diferentes climas e ambientes. As instituições são a expressão concreta da mentalidade das pessoas. Essa constatação ajuda a compreender por que há instituições tão distintas umas das outras nos variados cantos do planeta – as pessoas pensam diferente.

Veja – Qual é a marca mais forte das instituições políticas e econômicas da América Latina?

North – Se um país quer ser produtivo e moderno, ele precisa cada vez mais afastar-se das negociações pessoais e criar mecanismos para que indivíduos que nunca se viram estabeleçam uma relação comercial objetiva. É aí que as instituições se tornam necessárias. Quanto mais transparentes elas forem, maior será a confiança das pessoas em investir e manter relações comerciais de grande escala. E, como se sabe, sem isso não existe crescimento econômico para valer. Pois nos países da América Latina prevalece desde os tempos coloniais forte tendência à personalização das relações comerciais entre os indivíduos. Persiste a informalidade nos negócios. Trata-se de uma questão cultural que dificulta até hoje a construção de um conjunto institucional baseado na objetividade capitalista. No século XXI, os países da América Latina ainda encorajam um modelo de trocas pessoais enterrado há muito tempo nos Estados Unidos e na Europa.

Veja – Na comparação com outros países em desenvolvimento, em que patamar o senhor colocaria as instituições brasileiras?

North – Os países mais atrasados são os africanos. Alguns deles não só não conseguiram crescer como tiveram a renda encolhida nas últimas três décadas. Essa situação é resultado de um cenário de caos institucional em que contratos são ficção e ninguém acredita na Justiça. Só há esperança para os africanos num prazo longo. O Brasil está bem à frente desses países, claro, mas ainda fica em desvantagem quando a comparação é com o vizinho Chile, a Turquia ou a Malásia. O calcanhar-de-aquiles brasileiro é a colossal desigualdade de renda que existe no país e o baixíssimo nível educacional de sua população. Essa é a ponta de um iceberg. Se um país quer estrelar entre as democracias modernas e eficientes, precisa ter boa distribuição de renda e ser mais bem-educado. O fato de o Brasil ser até hoje tão desigual e deseducado é sinal de que suas instituições ainda não estão levando o país adiante como deveriam estar fazendo.

Veja – Na sua opinião, qual é o papel dos governos: induzir o crescimento do país ou garantir a estabilidade e o cumprimento dos contratos?

North – O governo deve criar as regras econômicas do jogo para garantir estabilidade. Se um país não possui regras eficazes é porque não tem um bom governo para colocá-las no lugar. Cabe ao governo incentivar a competição para tornar a iniciativa privada mais eficiente – e é só. A história mostra que governos não são habilidosos quando inventam de intervir nos detalhes da economia de um país. Eles não têm demonstrado, por exemplo, que são bons gerentes de grandes indústrias. A explicação para isso é simples. O poder público à frente de uma fábrica não está submetido à competição, que é o que força uma empresa a ser mais produtiva e a buscar soluções criativas. O governo deve apenas deixar as várias firmas concorrendo com segurança para que a economia ganhe uma dinâmica positiva. E isso já é muito. O resto é por conta do setor privado. Digo que numa democracia todo mundo é governo.

Veja – Como o governo facilita a concorrência?

North – É essencial que o governo confira segurança aos investidores da iniciativa privada. Não dá para sair picotando contratos e arremessá-los na lata de lixo, como acontece até hoje em países pobres. O governo deve ser o regente de um sistema judiciário que garanta o direito de propriedade, porque sem isso ninguém é louco de investir no longo prazo, sob o risco de ficar de mãos vazias. Cabe ao governo eliminar qualquer ruído que possa atrapalhar uma negociação, e para isso é preciso que mantenha boas instituições. Quando chego a um novo país, sempre pergunto às pessoas qual o preço de um aparelho de telefone ou de uma televisão. Nas nações mais pobres custam em geral muito mais caro do que nos países ricos. A explicação para isso não é tão simples quanto parece à primeira vista. Número 1: sim, ainda é mais oneroso produzir num país em desenvolvimento porque ele não atingiu o nível de produtividade dos desenvolvidos. Número 2: há custos adicionais embutidos num telefone ou numa televisão que não têm relação direta com o telefone ou a televisão. São os chamados custos de transação. Eles se tornam astronômicos quando há incertezas numa negociação do tipo: "O contrato que fiz vai valer até o final?" ou "Se não respeitarem o acordo, o juiz me dará ganho de causa?". Cada uma dessas dúvidas tem um preço, e é necessário que o governo as extermine.

Veja – Por que os custos de transação se tornaram uma questão tão central?

North – Existem os custos de transação dos quais não é possível escapar. Entre eles estão os gastos com impostos, seguro e operações no sistema financeiro. Fazem crescer o preço final do produto, mas não dá para pensar em trocas comerciais numa nação moderna sem esse grau de profissionalização. Então, quanto mais desenvolvido é um país, maiores são esses custos de transação. Veja o caso dos Estados Unidos. Em 1870, os custos de transação representavam 25% do PIB americano. Um século mais tarde, a fatia era de 45%, quase o dobro. Hoje um país precisa ser bastante mais produtivo para compensar esse tipo de gasto e poder competir, coisa que os EUA conseguiram com sucesso. Agora olhe como é difícil a situação dos países em desenvolvimento. Eles perdem em produtividade e, além dos custos de transação típicos do mundo moderno, ainda adicionam outros, resultantes de riscos primários que têm como origem instituições frágeis. Esses países estão desarmados para a competição travada num mundo de economia globalizada onde as margens de lucro são cada dia mais minguadas.

Veja – Como países como a Rússia ou a China conseguiram crescer tanto mesmo sem possuir as boas instituições a que o senhor se refere?

North – Em prazos curtos é possível para um país colher bons resultados na economia sem o respaldo de um conjunto de instituições de boa qualidade, como exemplificam os casos russo e chinês – mas nunca haverá crescimento econômico sustentado sem isso. Vale um mergulho no caso da China. Os chineses têm conseguido crescer com fartura durante um regime não democrático. No entanto, é fato líquido e certo que não terão condições de manter esse ritmo acelerado indefinidamente sem construir instituições políticas sólidas e fazer a transição para a democracia. Ditadores, como se sabe, são imprevisíveis, mudam de idéia, favorecem grupos pelos quais nutrem simpatia sem nenhum tipo de punição e, quando morrem, causam instabilidade. A China precisa implantar instituições menos vulneráveis para começar a pensar em futuro. A lição vale para o Brasil ou para qualquer outro país que queira dar o grande salto.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Adam Smith - A Riqueza das Nações

Adam Smith, considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723, em Kirkcaldy, na Escócia. Ele freqüentou a Universidade de Oxford, e nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro, A Teoria dos Sentimentos Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações, lançado em 1776.

Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e auto-destrutivas. Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.

Download do Livro "A Riqueza das Nações" (Parte 1): http://www.4shared.com/file/11538202/474ff91/Adam_Smith_-_Riqueza_das_Naes_-_Volume_1.html?s=1

Download do Livro "A Riqueza das Nações" (Parte 2): http://www.4shared.com/file/11538335/b0ff53c6/Adam_Smith_-_Riqueza_das_Naes_-_Volume_2.html?s=1

Celso Furtado e o Brasil

Celso Furtado faz parte dos pensadores brasileiros que consideram o subdesenvolvimento como uma forma de organização social no interior do sistema capitalista contrário à idéia de que seja uma etapa para o desenvolvimento, como podem sugerir os termos de país "emergente" e "em desenvolvimento".

Os países subdesenvolvidos tiveram, segundo Furtado, um processo de industrialização indireto, ou seja, como conseqüência do desenvolvimento dos países industrializados. Este processo histórico específico do Brasil criou uma industrialização dependente dos países já desenvolvidos e, portanto, não poderia jamais ser superado sem uma forte intervenção estatal que redirecionasse o excedente, até então usado para o "consumo conspícuo" das classes altas, para o setor produtivo. Note-se que isto não significava uma transformação do sistema produtivo por completo, mas um redirecionamento da política econômica e social do país que levasse em conta o verdadeiro desenvolvimento social.

Download do texto "Celso Furtado e o Brasil": http://www.4shared.com/file/55793017/cefdfa73/Celso_Furtado_e_o_Brasil.html?s=1

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Karl Marx - O Capital

Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro.

Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.

Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados.

Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista.

Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária.

Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.

Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital.

Download (Parte1): http://www.4shared.com/file/35783085/a3e0021/karl_marx_-_o_capital_1.html?s=1

Download (Parte 2): http://www.4shared.com/file/35783084/7d3930b7/karl_marx_-_o_capital_2.html?s=1

sábado, 10 de janeiro de 2009

Max Weber - A ética protestante e o espírito do capitalismo

Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante.

O capitalismo é protestante?

Segundo Weber, para conhecer corretamente a causa ou causas do surgimento do capitalismo, era necessário fazer um estudo comparativo entre as várias sociedades do mundo ocidental (único lugar em que o capitalismo, como um tipo ideal, tinha surgido) e as outras civilizações, principalmente as do Oriente, onde nada de semelhante ao capitalismo ocidental tinha aparecido.

Esta é uma obra indispensável para entender a questão do sistema que rege nosso (forçoso) modus vivendi.

Download: http://www.4shared.com/file/80013805/d3b3baa9/MAX_WEBER_-_tica_Protestante_e_o_Esprito_do_Capitalismo.html?dirPwdVerified=2aa3f7

Milton Santos

MILTON SANTOS (1926/2001)
Biografia Resumida

O Prof. Dr. Milton Santos (Milton de Almeida Santos), nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia 03 de Maio de 1926. Geógrafo e livre pensador brasileiro, dizia que a maior coragem, nos dias atuais, é pensar. Doutor honoris causa em vários países, ganhador do prêmio Vautrin Lud, em 1994 (o prêmio Nobel da geografia), professor em diversos países (em função do exílio político causado pela ditadura de 1964), autor de cerca de 40 livros e membro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, entre outros.
Formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), foi professor em Ilhéus e Salvador, autor de livros, que surpreenderam os geógrafos brasileiros e de todo o mundo, pela originalidade e audácia: "O Povoamento da Bahia" (48), "O Futuro da Geografia" (53), "Zona do Cacau" (55) entre muitos outros. Em 1958, já voltava da Universidade de Estrasburgo, da França, com o doutorado em Geografia, trabalhou no jornal "A Tarde" e na CPE (Comissão de Planejamento Econômico-BA), precursora da Sudene, foi preso em 1964 e exilado. Passou o período entre 1964 a 1977 ensinando na França, Estados Unidos, Canadá, Peru, Venezuela, Tânzania; escrevendo e lutando por suas idéias. Foi o único brasileiro e receber um "prêmio Nobel", o Vautrin Lud, que é como um Nobel de Geografia. Outras de suas magistrais obras são: "Por Uma Outra Globalização" e "Território e Sociedade no Século XXI" (editora Record).

Milton Santos, morreu em São Paulo-SP, no dia 24 de Junho de 2001, aos 75 anos, vítima de câncer de próstata.

Livro A Natureza do Espaço - Disponível em: http://www.4shared.com/file/79960008/6833e2e5/SANTOS_Milton_A_Natureza_do_Espao.html?dirPwdVerified=2aa3f7

Entrevista com Milton Santos (Parte 1): http://www.youtube.com/watch?v=q-bqDcU6X1w

Entrevista com Milton Santos (Parte 2): http://www.youtube.com/watch?v=Inp61wq2X_A&feature=related

Disparidades regionais do desenvolvimento sob a perspectiva da educação: um comparativo entre as microrregiões de Montenegro e Santa Maria (RS)

Com base em um estudo comparativo entre as microrregiões de Montenegro e Santa Maria (RS)(IBGE 2000), este artigo visa demonstrar as disparidades regionais através do eixo educação/qualificação. O artigo salienta que tanto a indústria existente na microrregião de Montenegro quanto o acesso à educação em Santa Maria são categorias que demonstram o caráter exogeneísta (de fora para dentro) de desenvolvimento. Isto porque as regiões não conseguem demonstrar efetivamente uma mobilização de seus agentes internos, para que em Montenegro seja gerada uma boa educação e, conseqüente, qualificação. Já Santa Maria possui uma precária atividade industrial diante das várias alternativas na qualificação profissional que a região oferece. Por fim, ressalta-se a importância de serem implementadas políticas públicas que viabilizem a inclusão das pessoas no processo de desenvolvimento através de uma ferramenta necessária para ambas as regiões: o diálogo

Download do texto completo: http://www.4shared.com/file/79668519/3406bbe3/ARTIGODisparidades_regionais_e_educao.html?dirPwdVerified=2aa3f7

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Desenvolvimento em questão: várias vertentes

Primeiramente, o objetivo principal deste blog é o de divulgar, discutir, bem como disponibilizar textos, arquivos e links que também tratam sobre um tema tão difuso e complexo como é a questão do desenvolvimento e suas vertentes.
Nesse sentido, muitos entendem (e também defendem ferrenhamente) que o desenvolvimento trata essencialmente do viés econômico, ou seja, sem ele não existe a possibilidade de uma melhora de vida. Outros, sugerem que a primazia deva concentrar-se, antes de tudo, no cunho social.
Entretanto, existe também a sentença de que o ambiental é o fiel da balança para que (realmente) o sistema no qual vivemos se desenvolva. Uma assertiva entendida como necessária para que os viéses anteriormente citados existam, e que desde logo é a linha de pensamento dos responsáveis por este virtual espaço de discussão e divulgação de trabalhos voltados para esta problemática tão presente no cotidiano de todos.
Por isso, os autores deste espaço convidam a quem estiver interessado, que contate, sugira, discuta e (principalmente) critique as considerações aqui expostas.
Vale dizer que o mesmo ainda está em processo de construção. Na medida do possível, assustos relacionados ao tema proposto serão disponibilizados para quem se interessar ou desejar saber mais sobre a (dinâmica) questão do desenvolvimento e suas (inúmeras) vertentes.

I Congresso Internacional e III Seminário Nacional De Desenvolvimento Regional

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