sábado, 15 de maio de 2010

A Bolsa e a Vida - Jacques Le Goff



A Bolsa e a Vida - Jacques Le Goff

A usura pode ser considerada um dos grandes problemas do século XIII. O surgimento e crescimento da economia monetária ameaçam os velhos valores cristãos. Um novo sistema econômico está a ponto de se formar, o capitalismo, que, para sua arrancada inicial, se não necessita de novas técnicas, precisa, pelo menos, do intenso uso de práticas sempre condenadas pela Igreja. Como poderia, uma religião que opõe tradicionalmente Deus e o dinheiro, justificar a riqueza? Num mundo em que o dinheiro é soberano, em que a avareza derruba do primeiro lugar entre os sete pecados capitais a soberba, o usurário, especialista do empréstimo a juros, torna-se um homem necessário e detestado. Ele está profundamente mergulhado no pecado porque mesmo dormindo seu dinheiro lhe traz... dinheiro. É o que ensinam os exempla medievais, historinhas edificantes para uso dos pregadores, por meio das quais a figura do homem da bolsa é introduzida no imaginário coletivo dos cristãos. Afinal, que vende ele senão o tempo que corre entre o momento em que empresta e o momento em que é reembolsado com juros? Ora o tempo pertence exclusivamente a Deus. Mas o usurário não rouba apenas Deus, rouba também os cristãos, por isso está duplamente condenado ao inferno. Numa perspectiva de longa duração, o historiador de hoje reconhece no usurário a qualidade de precursor de um sistema econômico que, apesar de suas injustiças e de seus vícios, inscreve-se, no Ocidente, na trajetória de um progresso - o capitalismo. Mesmo que tenha sido infame em sua época, sob todos os pontos de vista. O que o historiador Jacques Le Goff pretende neste livro é precisamente mostrar como um obstáculo ideológico pode travar, ou retardar, o desenvolvimento de um novo sistema econômico, que, ele acredita, é possível compreender melhor perscrutando os homens, que são os atores, mais do que examinando os sistemas e as doutrinas econômicas.


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Fenomenologia da Percepção - Maurice Merleau-Ponty



Fenomenologia da Percepção - Maurice Merleau-Ponty

Desde o início da obra o problema da percepção aparece sob uma nova luz. Para Maurice Merleau-Pontyo essencial é captar a percepção viva, a percepção em via de realização. Para isso temos de nos livrar de todos os preconceitos dogmáticos que nos proporcionam apenas percepções fossilizadas, espécies de cadáveres de objetos.

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I Congresso Internacional e III Seminário Nacional De Desenvolvimento Regional

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