sábado, 8 de maio de 2010

O Poder simbólico - Pierre Bourdieu



O Poder simbólico - Pierre Bourdieu

No livro de Pierre Bourdieu “O poder simbólico” se referencia a algumas postulações que intermediam o debate acadêmico das ciências humanas como a questão de habitus e de campo, o poder simbólico, a objetividade, o objeto em construção pelo pesquisador.
No primeiro capítulo o autor constrói um arcabouço para a explicação do que seja o poder simbólico, a qual frisa que “é esse poder invísivel que só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem”.(Bourdieu, 1998, p.08)
Uma ressalva que o autor implicita é que Durkheim utilizou-se da tradição de Kant para justificar as suas premissas das formas simbólicas, a qual transforma-se de formas simbólicas universais em arbitrárias, quer dizer, relacionada a um grupo particular.
Numa argumentação de Durkheim sobre o poder simbólico diz que é o sentido imediato do mundo e sintetiza como um poder na construção da realidade. Na tradição marxista as produções simbólicas são associadas aos interesses da classe dominante sendo a ideologia uma lógica para os interesses particulares apresentados como universais. O campo de produção simbólica é um microcosmos da luta simbólica entre as classes remete o autor.
O autor define o poder simbólico num sentido de relação determinada entre os que exercem o poder e os que lhe estão sujeitos, quer dizer, isto é, na própria estrutura do campo em que se produz e se reproduz a crença (Bourdieu, pg. 14-15). E ainda diz que o poder simbólico é uma forma transformada, ou seja, legitimada de outras formas de poder.

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A Economia das Trocas Simbólicas - Pierre Bourdieu



A Economia das Trocas Simbólicas - Pierre Bourdieu

Pierre Bourdieu ao analisar o pensamento de seus contemporâneos, em particular Durkheim , faz uma reflexão sobre a concepção estruturalista. Para essa corrente de pensamento as estruturas da sociedade já estão “prontas”, uma estrutura “estruturada”, ou seja, devemos lidar com as relações levando em conta o que já existe. As estruturas que determinado meio cultural cria, é que determinaria as formas de convivência. Bourdieu critica essa visão objetivista dos estruturalistas por não reconhecerem o papel dos agentes sociais e subordinarem a ação simplesmente a um sistema previamente estruturado. Para Bourdieu a todo um “jogo” simbólico entre os agentes de uma sociedade, esse jogo se da entre posição e situação e esses dois pólos estão intimamente ligados, chegam mesmo a ter semelhanças. Há uma busca por ascensão de parte a parte. As relações que se colocam entre classes sociais não devem ser olhadas apenas relativamente às estruturas, os agentes se movimentam sim em busca de legitimar sua posição, por exemplo a burguesia, ou buscar superar uma situação (proletários). Claro que Bourdieu reconhece que os agentes, de certa forma, também estão “presos” ao Habitus, daí por que agem de tal maneira, buscam determinados objetivos, etc. Ao lado desse habitus, está a distribuição desigual dos bens materiais e simbólicos que acabam justificando certa posição de classe, mais vale o ter, do que o ser! As conquistas sociais passam a ser simbolicamente “naturais.” Esse simbolismo resignifica os grupos dominantes, tornando-os culturalmente e economicamente legítimos. Isso se percebe facilmente (roupas, casas, escolaridade,etc.), ou seja, é natural que eles estejam onde estão (no poder), que se vistam como se vestem (muito bem), etc. Os que ocupam a posição de dominantes farão de tudo pra lá se manterem.
Enfim, digamos que posição e situação se traduzem em dominantes e dominados! Os aspectos simbólicos, o Habitus e o cultural passam a realizar dentro da estrutura, imposições econômicas de um grupo, em detrimento de outro.

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I Congresso Internacional e III Seminário Nacional De Desenvolvimento Regional

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