domingo, 5 de julho de 2009

Imperialismo & filantropia

Imperialismo & filantropia

A Reforma Sanitária no Brasil, obra do sociólogo Luiz Antônio de Castro Santos e da historiadora Lina Rodrigues de Faria, lida de forma criativa e estimulante com um leque variado de questões que atravessam a história da saúde pública no nosso país, especialmente durante o período conhecido como Primeira República (1889-1930). Nessa fase, segundo os autores, desenvolveram-se não só instituições fundamentais neste campo, como também um arcabouço ideológico que favoreceu e sustentou o sanitarismo como resposta aos problemas que o país buscava superar, a fim de se enquadrar no rol das nações que, no dizer da época, eram modernas e civilizadas.
Há dois grandes blocos ou eixos interligados de debate na obra. De um lado, há uma forte discussão a respeito da relação entre ideologia política e Estado, num intrigante jogo de interfaces em que nenhum dos elementos analíticos pode ser lido como uma conseqüência mecânica de outro. De outro, vê-se o papel da Fundação Rockefeller no Brasil, especialmente durante a primeira metade do século XX, justamen
te quando a instituição norte-americana se posicionava de maneira radicalmente diferente daquela em que se enquadraria no pós-guerra no quadro da Guerra Fria, tomada pela ojeriza aos comunistas. O que se vê antes é uma Fundação estrangeira que, ao pretender intervir no ambiente científico brasileiro, que já gozava de importante tradição foi conduzida a negociar a todo o momento, alterando, assim, muito de suas próprias diretrizes iniciais, num jogo também marcado pela interação e pela troca de argumentos e posições.

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